sábado, 25 de junho de 2011

Meia Noite em Paris

Woody Allen finalmente voltou ao seu bom e velho estilo, um sujeito atrapalhado metido nos mais divertdos tipos de aventuras. Aqui, o protagonista é interpretado por Owen Wilson, ele vive Gil Pender, um roteirista de Hollywood que é apaixonado por Paris, principalmente debaixo de chuva, só que sua epoca ideal seria a cidade nos anos 20. Ele esta para se casar com Inez (Rachel McAdams), uma garota mimada por seus pais e que só pensar em passear e gastar dinheiro. Em Paris eles encontram com um casal de amigos, sendo que o amigo Paul (Michael Sheen) é aquele famoso personagem mala, aquele que aparece só para irritar o protagonista, o cara sabe tudo de tudo, chega a ser engraçado de tão irritante, aquele tipo de personagem que só mesmo o mestre Woody inventaria. Gil gosta tanto dos anos 20, que um dia ao se perder tentando voltar para o hotel a noite, apos uma degustação de vinhos, se senta e fica observando os carros passando pela rua, ate que um deles, bem incomum pára e as pessoas dentro dele o chamam para uma festa e ele já um tanto alto pela degustação anterior, acaba aceitando e entrando no carro. E é exatamente ai que tudo começa. Gil vai parar em uma festa onde estão Cole Porter, F. Scott Fitzgerald e Zelda Fitzgerald e logo em seguida, conhece Ernest Heminghway, que diz a ele que pedira a Gertrud Stein para avaliar o primeiro romance de Gil. Ao conhece Stein, ele conhece também Pablo Picasso e sua amante Adriana, por quem acaba se apaixonando. Dividido entre seu tempo e os anos 20, ele passa a visitá-lo todas as noites e viver toda a sua magia. O mais interessante na atuação de Owen Wilson é o quanto ele imitou os trejeitos de Woody Allen, até mesmo aquele modo de gaguejar quando esta nervoso ficou identico. Ele conseguiu fazer um jovem Woody, melhor que Kenneth Branagh em Celebridades. Meia Noite em Paris foi o melhor filme de Allen desde Scoop, esse foi o filme em que ele retorna com seus protagonistas deslocados e desengonçados. Em seus ultimos longas, Voce vai conhecer o homem dos seus sonhos, Tudo pode dar certo, Vicky Cristina Barcelona e O Sonho de Cassandra não tinham protagonistas tão divertidos como o de Owen Wilson. Talvez a palavra certa não seja divertido, mas sim, tradicional, um personagem que lembrasse seu velho estilo, aquele mesmo de Dirigindo no Escuro, Desconstruindo Harry ou Um Misterioso Assassinato em Mahattan. Não vou me alongar comparando os personagens de Allen pois me estenderia bastante, afinal sou fã de carteirinha do cara. Resumindo, o filme é muito bom e vale muito a pena ir ao cinema para assistí-lo. Alias li uma materia que dizia que esse é o segundo filme mais lucrativo dele, ate mais do que Vicky Cristina Barcelona, que fez com que Penelope Cruz ganhasse o Oscar de melhor atriz coadjuvante e Match Point, que marcou a estreia de Woody em um filme todo gravado em Londres, o primeiro mais lucrativo foi Hannah e suas irmãs de 1986. No elenco do filme estão ainda Kathy Bates, Tom Hiddleston, Adrien Brody, Marion Cottilard e a primeira dama da França, Carla Bruni em uma participação especial.
Obs: Estou escrevendo esta resenha sexta a noite a pedido da minha amiga Betita, que quer muito ver o filme. Querida, pode ir sem medo, voce não irá se arrepender.

Um comentário:

  1. Gostei MUITO desse filme!!! Apesar de ter uma premissa muito semelhante ao do também ótimo "A Rosa Púrpura do Cairo", esse aqui nos coloca mais no universo artístico dos literários e pintores. E o Owen Wilson, de fato, torna-se um "alter-ego" de Woody Allen exemplar, exibindo alguns trejeitos tímidos e quase aquela mesma cara abobalhada do Diretor!

    O elenco está muito bem, mas destaco as gratificantes participações de Katy Bates (sempre muito simpática) e Adrien Brody, como um divertido - e quase obcecado! - Salvador Dalí.

    Rachel McAdams faz uma típica patricinha mimada e esnobe, enquando Marion Cotillard, como sempre, exibe seu carisma e talento como uma mulher de época fascinada pelas coisas simples e artísticas da vida!!!

    Uma pequena pérola concebida por Allen, que na minha opinião, desde "MATCH POINT", não faz algo tão fascinante e bonito. O final é MUITO poético!

    Bjs

    ResponderExcluir