Ruby Sparks - A Namorada Perfeita (Cinema)

Ruby Sparks foi um dos filmes sensação do Festival do Rio, pois os diretores, Jonathan Dayton e Valerie Faris vieram para nossas terras apresentar a primeira exibição do longa. Para os que não se recordam pelos nomes, eles foram os responsáveis pelo ótimo Pequena Miss Sunshine. Dessa vez eles contam a historia de um escritor de aproximadamente 30 anos que não consegue se relacionar com outras pessoas. Todos que se aproximam dele fazem isso por interesse. Porém quando está dormindo, ele sempre sonha com a mesma garota, que sempre conversa com ele e brinca com seu cachorro. Ele então começa a dar descrições reais a ela, como cidade natal, artistas favoritos, hobbies e nome; ele a chama de Ruby Sparks. Curiosamente em algum momento essa garota ganha vida e se torna realmente a namorada dele. A tal namorada perfeita do subtitulo. Porém a vida dele não fica tão bem quanto ele esperava, pois apesar de ser uma criação sua, a garota tem sentimentos e age como uma pessoa normal, ou seja, depois de algum tempo, ela começa a se sentir presa, sem amigos. O que naturalmente gera certa preocupação a Calvin, pois corre o risco de perde-la. Quando perguntados sobre o clima fantasioso do longa, ambos os diretores disseram que certas coisas que acontecem na vida não possuem explicação, então porque dar uma aqui. Lembrem-se de A Rosa Purpura do Cairo, de Woody Allen, onde um personagem sai da tela do cinema, sem a menor explicação. Portanto, aqui não é diferente e os diretores declararam que o importante é acompanhar a historia de um cara solitario que de repente se viu diante de uma situação nova, à qual ele inexplicavelmente tinha o total controle, pelo menos por um tempo... Se compararmos com seu antecessor, Pequena Miss Sunshine, vemos que eles não perderam o o jeito, ou a qualidade em sua direção. Aliás nem dá para comparar muito, afinal Miss Sunshine é uma história familiar onde os protagonistas são 6, aqui temos somente um protagonista e seus coadjuvantes, que diga-se de passagem são otimos. Novamente os diretores trabalharam com Paul Dano, que mais uma vez dá seu toque especial ao personagem, um cara simples, complicado, porém carismático (coisa que ele magicamente consegue nos passar). Além dele o elenco nos traz Annette Benning, Antonio Banderas, Chris Messina e Zoe Kazan, que também é a roteirista e produtora do longa. Extremamente interessante, porém não direcionado ao grande publico; Ruby Sparks agradará principalmente aos que gostam do estilo do casal diretor. Recomendado!
Curiosidade: O casal protagonista é casado na vida real ;)