sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Diario do Rock in Rio (Dia 03 - 25/09/2011)

Dia 03, ou melhor, dia do metal, na cidade do rock, e eu estava lá. Vou contar aqui como foi a experiência de ir para a nova cidade do rock, pela primeira vez. Por volta de duas e meia da tarde, peguei o onibus rumo a Barra da Tijuca, cheguei la pouco mais de tres horas. O motorista nos deixou em frente ao parque aquatico, pois logo a frente tinha aquele bloqueio onde nenhum onibus poderia mais passar. Tudo bem, é uma caminhada, mas nada demais, não da 1,5Km como disseram, deve dar uns 2Km ou ate mais. Mas beleza, nada desmotivaria nós, fãs do metal, que estavamos indo a cidade do rock pela primeira vez. A primeira coisa que vi quando desci do onibus, foi uma fila gigante em frente ao HSBC Arena, em forma de caracol, parecida com a que eu tive de pegar para ver o Greenday ano passado. Sabe o que era a fila? Absolutamente, nada! Coisa de otário que seguiu o otário da frente e assim por diante. Logo a fila foi desmanchada e continuamos nossa procissão até os portões da cidade do rock. Quando saimos da Abelardo Bueno e entramos na Salvador Allende, eis que surge uma fila tão grande e tão larga, que já não era mais uma fila e sim uma amontoação de gente querendo entrar logo. O grande problema? Essa fila estava em frente a entrada de uma comunidade, o que facilitou um arrastão (não naquele momento, mas aconteceu nesse mesmo dia). A aglomeração ocorreu por causa da revista que estava sendo feita. Para entrar na cidade do rock, o espectador precisa passar por 3 barreiras. A primeira, onde a pessoa precisa mostrar que esta portando um ingresso. A segunda, onde a pessoa é revistada. E a terceira, onde passamos pela roleta que destaca o codigo de barra do ingresso. 
A revista foi a coisa mais absurda do mundo. Normalmente vou a shows grandes e estou acostumada a ter minha mochila ou bolsa revistada. Dessa vez, quem levou a mochila, foi uma amiga e mulher que a parou, simplesmente disse que tampa de squeeze era proibida, pois no dia anterior teve uma pessoa que abriu a testa da outra com uma dessas. Você acredita nisso? Nem eu! O que acontece é que estavam fazendo isso, para obrigar as pessoas a consumirem aquele copinho ridiculo de agua, que custa R$2,50 lá dentro. Moral da história? Não teve como, tivemos de jogar as tampinhas fora e tornar as garrafinhas inuteis. Sabe o que é mais ridiculo em tudo isso? Como era noite do metal, tinham pessoas com spikes lá dentro. Outra, na tabacaria, eles vendem um isqueiro, com a logomarca do festival, por R$20, que é de metal e tem o peso de um celular. Com tudo isso que pode ser usado como arma muito mais eficiente que uma tampa de garrafa, porque implicar com tão pouco? Coisa de patrocinadores!!!!
Vamos aos shows. Cheguei lá, no final do show da banda Korsus, no palco sunset e não deu para curtir muito. Portanto esperamos pela proxima, que era o Angra. A banda até se esforçou, mas o som tava uma bosta e a voz do Edu, igualmente ruim. A Tarja Turunen, ex Nightwish fez uma participação especial, mas o som não ajudou muito. Teria sido uma otima apresentação, tanto da banda quanto da convidada, afinal 80% daquela plateia, estava ali para vê-los, mas o som, nossa, como estava ruim! Uma pena...
A primeira banda a se apresentar no palco mundo foi o Gloria. A banda foi tão mal escolhida, que foram vaiados e a transmissão ao vivo do multishow, cortou para o Sepultura no palco sunset. Bom, eu não vi nenhuma das duas, pois estava tentando dar uma voltinha na roda gigante.
A segunda banda da noite foi o Coheed and Cambria, que todos os que conseguiram assistir disseram que foi a grande surpresa da noite. Muitos não conheciam e adoraram. Eu não consegui ver, pois estava lanchando essa hora. Pois quando começasse o show do Motorhead queria ja estar bem posicionada no meio da multidão.
O Motorhead, foi a terceira banda da noite, para alegria dos marmanjos. Não conheço muito das musicas dos caras, mas é inegável que o show deles é muito bom. Só um pouco paradão em relação as estrelas da noite, mas valeu a pena.
A quarta banda da noite, eu adoro, Slipknot. Eles já entram metendo medo, com aquelas mascaras medonhas e aquela bateria, mega pesada, que te juro, o chão estava tremendo horrores quando nego começou a pular. Os caras fizeram um showzaço, com direito a bateria giratória, que até os pagodeiros gostaram (ouvi comentários pela rua :P) e a um mosh de quase 4 metros de altura. Muito bom, um dos melhores shows do festival com certeza.
O headliner da noite, o sensacional Metallica. Depois do super show do Slipknot, os caras poderiam até deixar a desejar, mas não, provaram que para fazer bom rock n' roll não tem idade. Eles fizeram a mais longa performance de todo o festival, com mais ou menos 2 horas de 15 minutos. A interação do publico com a banda estava perfeita, eles cantaram varios sucessos e fizeram dois bis. Coisa que nenhuma banda tinha feito antes nessa edição do festival. Showzaço, digno de headliner. Espero que o RHCP e a Rihanna tenham visto como se faz show de verdade.
No quarto dia, o dia extra, terá Joss Stone no palco sunset e no palco mundo; Tributo a Legião Urbana, Janelle Monáe, Kesha, Jamiroquai e Steve Wonder.

Um comentário:

  1. O Sepultura deu uma "surra" no Angra, literalmente. O som deles estava há anos-luz melhor... e mesmo que eu não goste do vocal gutural e cavernoso do Derrek, o instrumental deles foi muito bom. Diferente do Angra, que além de não termos conseguido ouvir direito o som da banda (por causa do problema de som que estava ocorrendo como vc mesmo mencionou), esse vocalista Eduardo Falashi É MUITO RUIM.

    Conheed and Cambria de fato foi uma boa surpresa! Eles fazem uma mistura bem interessante e se mostraram bastante afinados... não é o meu estilo de rock, mas é inegável que eles fizeram um show direitinho mesmo.

    Já Motorhead foi uma sensação, pq apesar da "velhice" e do "peso" de Lemmy Kilmister (ta bem coroa, rss), ele canta com muita propriedade, dominando todo o tom de suas músicas e de quebra, nos dando um dos melhores bateristas do rock que é Mikkey Dee!!! As músicas da banda já são antológicas.

    Slipknot eu não curto tanto como você, acho o tipo de som que eles fazem muito "sujo", e se apresentam bem mais como um "circo" no palco do que propriamente como uma banda de rock, ao meu ver. E o mais engraçado nisso é que consegui gostar MUITO MAIS do Corey Taylor no ótimo Stone Sour (e mostrando a cara de verdade, rs) do que na sua banda mais famosa.

    Já o Metallica, falar mais o quê dos caras? Sabem fazer show de qualquer maneira.

    Bjs!!!

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