segunda-feira, 12 de janeiro de 2015

Êxodo - Deuses e Reis



Primeiro surgiram as adaptações literárias, depois surgiram as adaptações de histórias em quadrinhos, inclusive as duas maiores distribuidoras de quadrinhos do mundo (DC Comics e Marvel Comics) se tornaram grandes estúdios cinematográficos. Em ambos os casos, notou-se que o público-alvo eram os adolescentes, maiores consumidores dos famosos blockbusters. Após os grandes estúdios notarem que adaptações, de qualquer tipo de obra é algo praticamente certo nas bilheterias mundiais, mesmo que não seja sucesso de critica, surgiu a nova moda, as adaptações de histórias bíblicas. Obviamente que religiosos mais fervorosos iriam reclamar e bastante, o que de fato aconteceu, mas todo o resto da população mundial assiste, mesmo que o filme sofra de severas criticas. Ano passado foi lançado Noé, de Darren Aronofsky, estrelado pelo casal oscarizado Russel Crowe e Jennifer Connely (casal inclusive que já havia atuado junto no drama Uma Mente Brilhante), o filme foi massacrado pela crítica e pelo público também. Mas quem disse que foi fracasso nas bilheterias? Costumo chamar esse fenômeno de curiosidade. Quanto mais se tenta boicotar um filme, mais curiosidade as pessoas têm em assistir, foi assim com O Codigo DaVinci e recentemente com A Entrevista. Eis que estreiou no dia de Natal, o épico Êxodo – Deuses e Reis, do premiado diretor Ridley Scott e estrelado pelo oscarizado (e melhor ator de todos os tempos) Christian Bale, Joel Edgerton, Ben Kingsley, Aaron Paul e as queridinhas do diretor Sigourney Weaver (Saga Alien clássica) e Noomi Rapace (Saga Alien atual ou Prometeus). O filme é a adaptação da história do êxodo, segundo livro do antigo testamento, onde Moises guia os hebreus recém libertados através do Mar Vermelho, que se abre para que eles possam passar. O filme conta desde quando Moises e Ramses eram amigos, até o primeiro ser banido pelo segundo e ter de viver em exilio, até saber do que estava acontecendo com os escravos hebreus, através de uma visita de Deus. Ele então parte em auxilio de seu povo. Não sou uma religiosa fervorosa, logo, gostei bastante do filme. No inicio, achei que os atores demoraram um pouco para pegar no tranco na hora de entrar em seus personagens, mas depois de alguns minutos demonstraram que a escolha do elenco não poderia ter sido melhor. Os efeitos visuais estão no padrão Ridley Scott, ou seja, não deixam nada a desejar, estão excelentes como sempre. Uma das coisas mais legais no final do longa é ver o diretor dedicando o filme ao ser irmão recém falecido Tony Scott, que também era diretor de cinema. Um daqueles blockbusters de qualidade (poucos possuem qualidade) que teve uma boa distribuição por aqui e vale a pena ser conferido.

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