72 Horas

Russell crowe é mesmo um ator versátil, ele consegue interpretar um general do imperio romano com a mesma facilidade que interpreta um pai de familia desesperado com a prisão injusta e repentina da esposa (oscar merecido, o cara é muito bom). Nesse seu novo trabalho ele é o professor de uma faculdade comunitária que vê sua vida se tornar um inferno quando sua esposa é presa na sua frente e na seu filho pequeno, acusada de ter assassinado a própria chefe. Ele, nem por um segundo que seja durante toda a projeção acredita na culpa da esposa, e é justamente por essa convicção e pelo fato dela ter sido condenada a prisão perpétua sem direito a apelação, que ele decide tomar medidas drásticas e tentar tirá-la da prisão. Paul Haggis é um excelente roteirista, ele tem o dom de transformar pessoas comuns em heróis e sempre em situações desesperadoras. Sempre que vejo algo feito por ele tenho a impressão que ele está testando o expectador, no sentido de que sempre lhe lança a pergunta: o que voce faria em uma situação como essa? teria coragem de fazer o mesmo ou faria melhor? Seus filmes só têm um problema em particular, eles tendem a ser longos, o que muitas pessoas não gostam hoje em dia. Um dos pontos que achei mais interessante no filme foram as participações especiais, temos Liam Neeson como o cara que ja fugiu 7 vezes da prisão, Olivia Wilde como a mãe de uma amiguinha do filho dos protagonistas e Jonathan Tucker, que deve ser amigo de Haggis, pois participa de todos os seus trabalhos. Para os que forem assistir ao filme baseando-se no trailer, esqueça, pois não é um filme de ação, ele lembra muito a primeira temporada de Prison Break e todo aquele planejamento de Michael Scofield, alias a parede do quarto do protagonista é bem similar a do arquiteto do seriado. O filme é bom e vale o ingresso de cinema. Pena que muitos que estão indo ao cinema estão indo somente por falta de opção, pois os pipocões têm estado todos esgotados nesse periodo de ferias.