Hoje, dia 28 de Outubro, o ator Joaquin Phoenix está completando 39 anos e nada mais justo que uma pequena homenagem a este que é um dos atores mais interessantes de sua geração. Afinal quem teria surtado de mentira como ele somente em nome da sétima arte? Além de ser um defensor dos direitos dos animais há anos. O cara merece nossa admiração.
Leaf, River, Summer, Liberty e Rain não são nomes comuns, mas expressam o passado hippie da família deste astro hollywoodiano. Os três fazem parte da mesma família composta de artistas do cinema. River Phoenix e Leaf Phoenix são os mais conhecidos. River, o mais velho, morreu de overdose de drogas durante uma festa na boate Viper Room, em Los Angeles, em 1993. Leaf continuou sua carreira de ator, mas mudou o nome. Hoje é mais conhecido como Joaquin Phoenix. Na verdade, o nome de nascimento é Joaquin, mas para ficar mais parecido com o dos irmãos, ao 4 anos o pequeno escolheu com o pai o nome Leaf. Em alguns filmes do começo de sua carreira, Leaf pode ser lido nos créditos. Entretanto, nos anos 90, o ator decidiu re-adotar o verdadeiro nome. Desde pequeno, já fazia pequenos comerciais para a televisão. Sua primeira aparição atuando foi em um seriado no qual River trabalhava, ‘Seven Bridges for Seven Brothers’, em 1982. Outro trabalho com o irmão foi em ‘Backwards: The Riddle of Dyslexia’ (1984). Mas o primeiro trabalho de grande exposição para sua carreira foi SpaceCamp – Aventura no Espaço, de 1986. No final dos anos 80, a família Phoenix mudou-se novamente, seguindo para a Flórida – toda a infãncia do ator foi nômade, passada em países da América do Sul e Central. Na cidade americana, Joaquin foi chamado pela a Universal Pictures, recêm-instalada na Flórida, para participar das filmagens de ‘O tiro que não saiu pela culatra’ (1989). Mesmo com a bem-sucedida participação no filme, Joaquin decidiu se afastar das câmeras, uma vez que estava insatisfeito com o tipo de papéis designados para atores de sua idade. No mesmo período em que se afastou da carreira artística, os pais de Joaquin estavam se separando e o garoto seguiu com o pai para o Mêxico. Mas os holofotes recaíram sobre ele em 1993, com a morte de seu irmão River. Joaquin estava na mesma festa que ele, e foi o responsável por chamar o socorro pelo telefone (tanto que a gravação do pedido de ajuda de Joaquin foi, depois, transmitida por muitas emissoras americanas). Infelizmente a ajuda chegou tarde e River morreu na porta da danceteria The Viper Room. Meses depois, ainda abalado pela perda do irmão, Joaquin sucumbiu às insistências dos amigos e voltou a ler alguns roteiros. O ator considera a paixão pelo personagem um dos requisitos mais importantes para uma boa atuação. A escolha de um papel é feita de maneira impulsiva. Mas, segundo o ator, se ele não se apaixonar pela história, não aceita filmar A relutância em aceitar os papéis a ele propostos caiu por terra quando leu o roteiro de ‘Um Sonho sem Limite’ (1995), do diretor Gus Van Sant e estrelado pela australiana Nicole Kidman. Aceitou o personagem e, novamente, sua atuação foi bem recebida pela crítica. Na sequência, Joaquin rodou ‘Círculo de Paixões’, ‘Reviravolta’ e ‘Pela Vida de um Amigo’. Entretanto, o grande trabalho que o levaria a status de estrela veio com o papel do paranoico imperador romano em ‘Gladiador’. O personagem seria designado a Jude Law, em alta pela atuação em O ‘Talentoso Mr. Ripley’. Só que na mente do diretor Ridley Scott, o papel cabia exatamente para Joaquin, que no final foi o escalado.
Com o sucesso de bilheteria e crítica, e sua boa atuação, Joaquin foi indicado ao Oscar de Melhor Ator Coadjuvante pelo papel, além de ser lembrado também no Globo de Ouro. Logo em seguida, Joaquin atuou em produções independentes como ‘Contos Proibidos do Marquês de Sade’ e ‘Caminho Sem Volta’. Em 2002, fez sua primeira colaboração com o diretor M. Night Shyamalan, no filme Sinais, atuando ao lado de Mel Gibson, Abigail Breslin e Rory Culkin. Em 2004, trabalhou pela segunda vez com o diretor M. Night Shyamalan e ao lado de Sigourney Weaver, em ‘A Vila’. Neste mesmo ano atuou também em Brigada 49 e na produção ‘Hotel Ruanda’. Protagonizou em 2005 o filme ‘Johnny & June’, ao lado de Reese Witherspoon, no qual interpretou o cantor Johnny Cash, falecido em 2003. Sua atuação nesta produção, rendeu-lhe o Globo de Ouro de Melhor Ator e mais uma indicação ao Oscar na mesma categoria.
Em 2007 voltou a trabalhar com dois diretores, em ‘Os Donos da Noite’ com James Gray, com quem jã havia trabalhado em ‘Caminho Sem Volta’. Dessa vez Joaquin foi protagonista e produtor do drama policial com uma bela interpretação. E em ‘Traídos Pelo Destino’ voltou a trabalhar com o diretor de ‘Hotel Rwanda’, Terry George. Em 2008 o ator volta a trabalhar com o diretor James Gray, no romance ‘Amantes’, chegando a terceira parceria com o diretor. No final de Outubro de 2008, Joaquin declarou que ‘Amantes’ seria seu último filme.
- “Amantes será meu último filme (…) Eu não estou brincando, vou me dedicar apartir de agora a música”.
Joaquin, então, iria se dedicar inteiramente a carreira de rapper. Muito se falou do assunto e muitos não acreditaram na decisão. Em novembro de 2008, foi divulgado que seu amigo e cunhado, Casey Affleck, estaria fazendo um documentário sobre a transição do Joaquin do cinema para a música. Depois de fazer pequenos shows em boates cantando rap, ele fez sua primeira apresentação oficial no dia 16 de janeiro de 2009. Joaquin estava fisicamente muito mudado, com uma enorme barba e uma toca furada na cabeça, muito se especulou, e fontes anónimas diziam ser tudo uma ‘farsa’, Joaquin estaria apenas interpretando um novo personagem para o documentário. Mas Joaquin insistia, que tudo é real, que ele realmente estava se tornando um rapper. O tal filme/documentário foi entitulado, I'm Still Here e estreiou nos cinemas americanos em setembro de 2010, e um pouco antes de sua estréia foi descoberto que se tratava de um "mokumentário", onde nada é real, tudo encenado para somente parecer real. Joaquin foi inclusive no popular David Letterman se desculpar pelo vexame do ano anterior e falar sobre sobre o filme.
Em 2012 ele voltou a atuar em produções hollywoodianas de verdade, começando bem, pelo longa metragem premiado do diretor Paul Thomas Anderson, O Mestre. Onde ele inclusive recebeu sua terceira indicação ao Oscar e ao Globo de Ouro. O filme também conta com atuações de Phillip Seymour Hoffman e Amy Adams, que também foram indicados aos premios. Em 2013 ele atuou no longa O Imigrante, onde ele colaborou pela quarta vez com o diretor James Gray e atuou ao lado de Marion Cotillard e Jeremy Renner. Esse filme até o momento só foi exibido em festivais, sua estréia está prevista para novembro nos EUA. Em 2013 ele também poderá ser visto no romance do diretor Spike Jonze, entitulado Her (sem titulo em portugues até o momento). Ao seu lado estão as atrizes Scarlett Johansson, Amy Adams e Rooney Mara e este filme também está marcado para estreiar em novembro nos EUA. No momento Joaquin está filmando Inherent Vice, novamente com o diretor Paul Thomas Anderson, ao lado Reese Witherspoon, Josh Brolin, Benicio Del Toro e Owen Wilson.